” Remexe-se na cama, procura posição.
Já a encontra, já boceja, quando vê um fio de luz, enfiado numa agulha, a apontar para as suas costas.
Naturalmente, ele vira-se…- a agulha desce até ao nível do seu pescoço pronta a começar o seu trabalho.
Entra pelo lado direito, passa por baixo da coluna e sai do lado esquerdo num movimento certo e continuado.
Está quase a meio das costas e já se adivinha a forma do movimento que vai unir um lado ao outro – no final da costura, uma espiral de luz ligará os dois lados das suas costas.
Refeito da surpresa, maravilhado pela luz e pelo movimento, ele quer reencontrar a posição, mas a agulha continua o seu trabalho – agora em sentido contrário.
Reforçará a costura.
Criará outra espiral de luz”.
(de: Entre ontem e amanhã)
A proposta que hoje deixo tem a ver com o texto transcrito e, naturalmente, com ligação.
Num primeiro tempo, descontrair da forma habitual.
Num segundo, deitar de costas e visualizar um fio de luz a ligar um e outro lado do corpo tal como descrito no texto.
De forma lenta mas continuada, o fio vai entrando num lado e saindo do outro.
“A costura” será feita num sentido e noutro.
Se nos envolvermos o suficiente, o bem -estar final compensará.
…………………………………………………………………………………………………..
Há interesse em criar uma imagem pessoal de ligação entre o lado direito e o esquerdo do corpo – imagem que será editada com frequência.
Criar um entendimento (ou uma interajuda) entre a mão direita e a esquerda – não esquecendo que a esquerda é frágil – será, ainda, interessante.