Expressão
“É verdade que a simples presença de imagens organizadas que se encadeiam numa corrente produz uma mente, mas a menos que se lhe acrescente um novo processo, a mente permanece inconsciente. A essa mente inconsciente falta um eu”.
De: O livro da consciência – António Damásio
A proposta que, a seguir, deixo, não tem intenções estéticas, nem avalia a aptidão para desenhar:
– Desenhar uma árvore começando pela linha da terra e sentindo-a crescer sob o traço, à medida que o traço sobe na folha de papel.
Numa outra folha, desenhar outra árvore, mantendo a estrutura e também o enunciado anterior; mas introduzindo um novo elemento ou fazendo uma mudança.
Desenhar várias árvores.
Conforme a forma vai evoluindo, tentar perceber qual a linha que guia a evolução – poderá ser a harmonia entre os vários elementos ou a prevalência de um deles, poderá ser a qualidade -elegância ou força no crescimento – poderá ser a altura mas também a diferenciação.
O trabalho poderá ser feito no sentido do despojamento e chegar a uma forma com um mínimo de elementos. Ou no sentido de uma sobrecarga de elementos.
Não há evoluções boas ou más – há evoluções.
Um trabalho semelhante poderá ser feito a partir de uma pequena composição musical – se houver formação para isso.
Ou a partir de uma pequena narrativa.
Memória nossa 