“Ainda que seja difícil definir onde começa “a pescadinha de rabo na boca” que é a conversa entre intestino e cérebro, certo é que uma das principais autoestradas de comunicação entre ambos os órgãos é o chamado nervo vago. Partindo do cérebro e passando pela garganta, esófago, pulmões, coração e diafragma, até terminar no intestino, “é o maior dos nervos cranianos e é o responsável pela enervação parassimpática do intestino” explica o vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Neurologia”.
(revista Visão Saúde de Out/nov. de 2023)
Tenho vindo a motivar uma orientação para o alto, duma forma geral, e, de forma específica, em direção ao cérebro.
É o momento de seguirmos os percursos do nervo vago do cérebro ao intestino e do intestino ao cérebro.
De forma regular – cada um regulará o tempo – vamos descontrair toda a grande parte do corpo que constitui o intestino. Ela merece uma atenção especial – terá sido um dos primeiros comandos.
Ainda que saibamos que o intestino existe, não só porque o sentimos mas também porque muito se fala e escreve sobre ele, hoje, tentaremos uma profunda consciencialização do nosso intestino, das suas formas, movimentos e vozes.
Criaremos um diálogo com ele.
Encontraremos desejos, necessidades e, naturalmente memórias – umas próximas mas outras remotas (bem remotas).
Já sabemos que o trabalho regular de descontração e consciencialização do corpo é um trabalho continuado e que diz respeito a todas as partes do corpo. Destacámos algumas delas atribuindo-lhe mais tempo e mais atenção. Mas uma parte do corpo é uma parte de um todo.
Descontraímos de forma especial uma parte, mas descontrairemos de forma mais leve, todo o corpo.
É também o momento de passar a associar o cérebro ao que se passa no particular e no todo O cérebro é, hoje, o comando primeiro do corpo. teremos de ir aprendendo a enviar para ele o que é dele. Nem sempre é fácil ou preciso; mas é um trabalho importante que deveremos começar e ir desenvolvendo sem grande pressão; mas em continuidade.
A última palavra cabe-lhe.
Teremos de lhe confiar os problemas difíceis, e de ir aceitando as suas ordens – sem exagero, às vezes com compaixão.
Para já e voltando ao tema de hoje, comecemos a escutar o intestino.