O termo airar relaciona-se com ar, relaciona-se, ainda, com o movimento ascendente que pretendemos valorizar.
O ar é leve. Tudo o que se relaciona com terra é pesado. O movimento ascendente afasta da terra.
Impulsos, necessidades urgentes, desejos de destruição são pesados.
Além de serem pesados, exigem muita energia. São autoritários e prepotentes. São ruidosos e insanos. Geram fechamento e fobia.
Precisam de ser airados.
A metodologia a propor já foi referida na publicação anterior. Este trabalho exigirá muito esforço, tempo e paciência.
Mais do que em outro momento, a voz interna protetora terá de ser compassiva e tolerante. A conciliação entre vozes será necessária. O recurso a um diálogo interno será proveitoso.
Rir é bom porque rir é libertador.
Gritar, insultar, falar de forma apressada e ruidosa pode libertar de forma momentânea, mas não leva a uma mudança de sentido ascendente.
Tempos houve em que os seres dispunham, apenas, de um único orifício. Este orifício servia para ingerir e também para eliminar – logo era essencial.
Há que reclassificar valias.
A somar a isso descobriremos memórias pesadas, violentas, destrutivas ligadas à zona anal.
Há que contextualizar memórias.
Por isso a concentração na zona anal e consequente arejamento deverão ser cuidadosos. Começará por ser breve – tentar perceber muita coisa de uma única vez (e a tentação é grande) pode trazer séria perturbação.
A recompensa será significativa e não há medida certa para esse trabalho, por pequena que seja a libertação é sempre um ganho.
Cada um terá de avaliar o risco porque há risco.