Quando levamos uma pancada, seja de que forma for (sova, acidente…), a memória que fica no local, no corpo, é densa como se se tivesse acumulado um excesso de energia.
Percebemos o que foi dito se visualizarmos uma nódoa que cai num tecido – a textura correspondente à nódoa é densa e apertada.
Se virmos os fios a alargar e a libertar-se da nódoa, seguimos um movimento de dispersão. Num segundo momento, visualizamos o tecido já limpo e com textura normal. Se seguirmos um processo idêntico pensando no local da pancada, sentiremos a tensão a desvanecer.
Poderemos ainda ver a energia a migrar do local referido para outro. Se a pancada tiver sido na palma da mão, poderemos vê-la migrar para as costas da mesma. Se for na parte detrás no corpo, poderemos orientá-la para a frente. E, talvez seja necessário, ainda, enviá-la para o alto, no corpo (movimento de ascensão).
Leva tempo e é penoso; mas acaba por resolver.
Orientar para o alto é uma forma de retirar força bruta a vozes difíceis de integrar e que criarão dificuldades, às vezes severas, à voz interna protetora que pretendemos consolidar.
Orientar para o alto é elevar, é aproximar do cérebro – nosso comando mais importante – e retirar força a comandos arcaicos.
Não respondemos a vozes violentas com violência, mas com aceitação, tempo e paciência.
Poderemos encontrar outras formas de controlar (não de anular) estes desmandos que impõem necessidades urgentes e excessivas – muitas vezes destrutivas e difíceis de integrar num todo humano.