“A evolução continuava, mas as memórias antigas mantinham-se em pano de fundo.
As sombras negras continuavam e continuariam.
Uma corrente de água, formada pelo degelo, formara-se. Na verdade seriam vários os rios a correr. Nas margens cresciam plantas diversas, em profusão.
Crescia o verde.
Crescera a vida.
As formas que primeiro tinham aparecido, morriam – outras apareciam
Um pequeno animal, medroso e furtivo, com uma pequena cauda e um focinho redondo, vivia vigilante – o menor descuido poderia ser fatal.
(Textos)
“Os grandes eram muito grandes.
A terra era deles, mas existia já um pequeno, muito pequeno a tentar sobreviver.
Não seria lagarto, mas também não seria ave.
Ficaria sempre com a memória de ser pequeno na terra dos muito grandes.
Guardaria sempre o desejo de poder voar.
(de: Entre ontem e amanhã)