Imaginar/criar

“À medida que a imaginação dá um corpo

Às formas das coisas desconhecidas, a pena do poeta

Empresta-lhes contornos, dando ao vazio e ao nada

Uma casa, um sentido, um nome.”

(Shakespeare – Sonho de uma noite de verão)

De maneira poética ou de outra maneira, temos todos um desejo (necessidade) de dar forma e sentido às pré-figurações que a matéria negra nos envia e com as quais, às vezes, nos ameaça.

Do nível mais concreto ao mais simbólico, a criação responde a uma (quase) ordem que recebemos da matéria negra que volta de forma continuada a pedir (exigir) transformação.