Os dinossauros reproduziam-se por ovos – o mesmo aconteceu com os mamíferos até dada altura.
O que terá marcado uma diferenciação considerável dos mamíferos em relação aos contemporâneos aves e repteis, terá sido o crescimento do cérebro. A partir dum certo momento, o cérebro deles tornou-se maior.
Talvez o menor numero de nascidos (pela mudança na forma de reprodução) e a proteção maior que as fêmeas mamíferos davam aos filhotes tivessem favorecido este crescimento.
Mas as exigências feitas ao cérebro num período em que os dinossauros dominavam a terra (e mesmo depois) deveriam ser consideráveis. Os mamíferos não tinham possibilidade de competir com eles – eram presas deles.
Teriam sobrevivido sem um cérebro com novas funções?
Hoje, sabe-se (os neurocientistas sabem) que, mesmo quando não está a realizar uma tarefa específica, o cérebro continua ativo, mais ativo do que seria de pensar.
Continuará o cérebro a ativar modos de sobrevivência que já não são conformes ao nosso tempo?
Hoje vivemos em sociedades mais ou menos seguras, com necessidades básicas mais ou menos resolvidas, já não deparamos com animais monstruosos de mandíbulas grandes e afiadas ( às vezes ainda encontramos alguns com mandíbulas prontas; mas menos afiadas, apesar de tudo).
Temos de tranquilizar o cérebro para que ele desacelere – sobretudo quando não está a realizar uma tarefa de responsabilidade.
– Abranda! – poderemos pedir-lhe. Se, na sequência do pedido, visualizarmos um movimento a abrandar, o resultado será melhor.
Doutra forma, não conseguiremos viver o presente, o agora – o que está entre ontem e amanhã.
Além de que o cérebro consome energia em doses de tamanho XXL.