Presente/passado
“O pior ainda estava para vir, pois aproximava-se o Armagedão. Perto do fim do Pérmico, uma coluna de magma que vinha a erguer-se desde as profundezas da terra há milhões de anos encontrou-se com a crosta terrestre e derreteu-a.
Nos finais do pérmico, não seria preciso descer ao interior da Terra para encontrar o inferno, porque o inferno viera à superfície…”
(de: A vida na terra de Henry Gee)
Esta descrição causa-nos temor, mesmo correspondendo a uma realidade que ocorreu há milhões de anos – causa-nos mais temor do que deveria.
O primeiro trabalho a fazer com o cérebro a propósito destas atualizaçôes de sentido despropositadas relativamente ao tempo – ao nosso tempo – é tentar estabelecer uma definição clara entre o que aconteceu no passado e o que é presente. Sempre que surge uma memória passada que vivemos como se fosse presente dizemos-lhe : isto é passado. Quando surge uma necessidade ou impulso que já não pertence ao contexto humano, dizemos-lhe: isto é passado.
Faremos isso, de forma repetida. E como o evoluir deste processo será de cada um, cada um deverá regulá-lo, aperfeiçoá-lo e concluir quando está firme.
É, de resto, tempo que cada um comece a criar a sua metodologia para criar e interferir com a mudança.
Já foram fornecidos dados de preparação para esse trabalho. Dialogar com o corpo poderá ser uma ferramenta muito útil e persuasiva.
A palavra é a forma de comunicação mais clara e efetiva.
