O branco nasceu há já algum tempo e o seu nascimento trouxe-nos luz. Trouxe também a consciência da oposição branco/preto.
As oposições são caraterísticas do começo. Depois, à medida que o processo evolui, vão aparecendo gradientes entre os opostos – estes gradientes surgem por divisões mais subtis.
O cinzento comporta uma informação entre branco e preto. Entre o escuro – quase negro – e o claro – quase branco, há uma série de gradações. É como um filho nascido do branco e do negro que, às vezes, tem dificuldade em se definir.
A oposição comporta quase sempre tirania. Vamos libertar-nos da tirania do branco/preto.
Adormecemos a pintar de cinzento toda a parede do quarto que está em frente – incluindo porta (se houver) e rodapé. Pintamos até conseguirmos um cinzento claro, mas consistente.
Adormecemos com essa imagem.
Repetimos no dia(s) seguinte(s).
Passado algum tempo, poderá surgir sentimento de perda – revela que o que fizemos teve sentido.
Ao afastar-se do branco em direção ao negro, o cinzento ganha uma informação regressiva.