Era uma vez

Era uma vez

Esta é a expressão habitual de quem vai contar uma história.

Eu não vou, porém, contar uma história.

O texto que, a seguir, transcrevo, é do livro “A vida na terra – uma breve história” de André Gee.

“Era uma vez uma estrela gigante que estava a morrer. Esta estrela ardia há milhões de anos, e agora a fornalha de fusão no seu núcleo ficara sem combustível para queimar. De modo a gerar energia necessária para brilhar, a estrela fundia átomos de hidrogénio e formava hélio. A energia produzida por esta fusão fazia mais do que permitir que a estrela brilhasse. Era essencial para contrabalançar a atração interior da gravidade da própria estrela…

……

Chegou, por fim o dia em que o combustível se esgotou completamente. A gravidade venceu a batalha: a estrela implodiu. Após milhões de anos a arder, o colapso demorou apenas uma fração de segundo e desencadeou um ressalto tão explosivo que iluminou o universo – uma supernova. Qualquer vida que pudesse ter existido no sistema planetário da estrela teria agora sido obliterado. Contudo, do cataclismo da sua morte, nasceram as sementes de algo de novo…

…..

Milhões de anos mais tarde, a onda de choque gravitacional da explosão da supernova atravessou uma nuvem de gás, poeira e gelo. A onda gravitacional, com a sua extensão e compressão, fez com que a nuvem se abatesse sobre si própria. À medida que se contraía, começou a girar… “