Luz-sombra.2

Volto aos pintores referidos na publicação anterior. Volto ao jogo de luz-sombra que evidencia o objeto ou as partes mais significativas dele,

Antes, porém, defino sombra como lugar de potencialidades. Deixo no limbo sombras que possam corresponder a energias destrutivas e, naturalmente, serem portadoras de perturbação.

Defino, ainda, que luz utilizaremos para evidenciar e, se possível, materializar os talentos, as ideias que ficaram escondidos. A luz pode ser conhecimento, influência de outros, experiências enriquecedoras. Mas também nós poderemos ser a luz porque a nossa forma de ver (de valorizar) mudou.

Se olharmos para trás, todos encontramos coisas que quisemos muito fazer, mas que, por razões várias – falta de tempo, de dinheiro, de apoio de pais, professores, amigos, de confiança em nós – não fizemos.

Poderemos começar por aí – trazendo de volta e considerando essa ideia, esse talento … que deixámos para trás. A concretização desse talento poderá trazer um sentimento de autenticidade, de completude.

A curiosidade será nossa aliada – explorar aquilo por que sentimos curiosidade é, muitas vezes, um começo promissor.

O que valorizamos nos outros poderá ser indicativo de potencialidades que não materializámos. Vale a pena ficar atento a esse aspeto.

Nada de obrigações – o objetivo é o proposto. A forma, cada um a definirá de acordo consigo, mas sentir-se bem com essa forma é importante.

Às vezes, o espirito de aventura ajuda.

Seguimos devagar. Cada passo deverá ser confirmado, tornado consistente.

Poderemos até concluir que se tratava de uma fantasia, mas essa confirmação é importante.

Quando subimos de nível relativamente à consciência individual, ficamos, naturalmente, melhor preparados para sintonizar informações de contextos mais alargados.

O verão está a terminar, o outono vem aí. Este é um tempo que pode ser de reflexão, mas também de preparação para um recomeço.

Aceitar o desafio de recomeçar será um propósito.