
Imagino sempre que o primeiro ato de linguagem foi um grito de aflição face a uma visão de horror. Depois, esse grito foi criando modulações em direção ao dramático, ao alegre, mas também a um tom mais neutro. Este tom definiria uma forma de identidade – seria qualquer coisa como dizer: este grito sou eu.
A visão e a linguagem estão ligadas – influenciam-se de forma múltipla e recíproca.
” … a visão fornece informações cruciais para a aquisição e compreensão da linguagem, enquanto a linguagem pode moldar a nossa perceção e memória visual. Essa interação constante é fundamental para a nossa comunicação, cognição e compreensão do mundo ao nosso redor”
(de: Gemini)
A visão recebe informação (primária) sobre o mundo em nosso redor. A linguagem oferece o suporte para que essas informações possam ser referenciadas, nomeadas, descritas, organizadas.
Ao descrever aquilo que vemos conferimos solidez à memória visual.
Ao descrever informações sensoriais primárias, no momento, ou a partir da memória visual, poderemos evoluir para a criação de imagens mentais.
“A visão é certamente o sentido que mais afeta a nossa mente. Grande parte do nosso pensamento é visual – com efeito, mais de 50% do córtex cerebral humano é dedicado à visão – o que também se reflete na linguagem”.
(de: Criando o mundo – neurociência e psicologia – 2018 -pag.53)
A visualização, feita de forma consciente, pode trazer benefícios vários desde melhorar a concentração até estimular a imaginação.
A memória visual melhora com a visualização bem como a consciência espacial.
A capacidade para resolver problemas torna-se mais rápida e eficaz.
A visualização continuada de uma cor agradável e transparente “aclara” o cérebro – ajuda-o a criar um pano de fundo mais positivo para informações negativas.
Proposta:
Visualizar de forma repetida, durante vários dias, uma imagem de cores suaves e agradáveis – poderá ser um céu azul claro com nuvens brancas, mas poderá ser outra do agrado de cada um.
O objetivo é conseguir que essa cor, essa transparência, entre e fique dentro do cérebro. Se se conseguir, o cérebro dará sinal.
Não forçar o resultado.
Deixo uma proposta: