A memória a evocar (ou criar), nesta sequência, irá situar-se no tempo dos primeiros amores.
Será colocada no patamar do segundo piso.
Para o patamar do terceiro piso, sugiro o tempo do(s) primeiro(s) trabalho(s).
Quem quiser continuar a criar (evocar) memórias, poderá escolher os tempos que considerar importantes e colocará, por ordem de tempo, nos respetivos patamares.
Se alguém reconhecer ou quiser criar uma memória remota que faça sentido no seu contexto, deverá colocá-la na cave do prédio.
A proposta que foi pensada ao juntar estas memórias, foi a de elaborar uma narrativa com o título ” A minha narrativa” partindo destas memórias.
A minha narrativa não será, naturalmente, a soma das memórias – as memórias fornecerão matéria que, depois, será trabalhada, ligada a um espaço próprio (ou espaços) inserida num devir temporal e referente à pessoa que cada um é.
Como preparação poderemos atar a um fio à memória do piso zero, subir, devagar, as escadas, levando o fio até ao piso um. Aí chegados, atar a memória desse piso e subir até ao piso seguinte.
Continuaremos esse processo até ao final das memórias e dos pisos.
Este processo poderá ser muito enriquecido por cada um de acordo com a sua originalidade – pormenores da escadaria, relação com a memória, cores, luz, sentimento, associações a partir dos dados concretos.
Será útil sistematizar um pouco mesmo em fase de preparação.
Como é (foi)tempo de férias e das férias ficam sempre memórias, começar por reunir (por escrito) algumas, poderá ser uma boa forma de começar – treinando a escrita, criando motivação e até juntando material que poderá ser utilizado como complemento.