“…Todavia, e tal como revelaram as descobertas feitas no campo da neurociência ao longo das últimas décadas, o grande desafio é libertar-nos das distrações interiores, as quais nos perturbam a atenção e se intrometem na qualidade da experiência, mesmo quando nos encontramos num estado de calma total. Na verdade, essas distrações podem ser ainda mais intensas em momentos de sossego.
A pesquisa revelou que o nosso cérebro é inerentemente ativo. Há um conjunto de regiões no cérebro, ligadas naquilo a que chamamos “rede de modo padrão” … que estão em constante funcionamento, procedendo a uma série de atividades involuntárias que os neurocientistas designam, globalmente, de divagação mental: desde os sonhos acordados ao incessante diálogo interno, à contemplação do passado e à preocupação com o futuro.”
De: Divagação Mental de Moshe Bar
Esta atividade incessante do cérebro afasta-nos do agora. O desafio será, então, aprender a orientar esta atividade em nosso benefício – o que nem sempre é fácil.
Se procuramos ideias novas teremos de ficar em modo livre e deixarmos a mente divagar.
Para nos concentrarmos numa tarefa teremos de direcionar essa atividade no sentido dessa tarefa.
Para isso, às vezes, teremos de distrair o cérebro e levá-lo noutra direção não só para nos libertarmos de pensamentos intrusivos – às vezes penosos – como para nos concentrarmos no assunto do momento.
Temos falado em associações e parece ser essa uma das melhores formas de levar a divagação mental para os nossos caminhos.
Para termos acesso ao nosso sentir mais profundo teremos de descontrair – esta será mais uma razão para fazermos da descontração já referida, uma estratégia regular.
Resumindo – ainda que houvesse muito mais a dizer – a divagação mental pode ajudar-nos na resolução do stress diário, levar-nos ao encontro da inspiração e motivação para um projeto e, às vezes, trazer-nos ao “agora”.