“Com o mundo a mergulhar no inferno, os dinossauros prosperaram, de certa forma aproveitando-se do caos em redor deles.
Quando os vulcões esgotaram a lava e o seu reino de terror de 600 mil anos acabou, o mundo era um lugar muito diferente do que fora no Triássico Superior. Era muito mais quente, as tempestades mais intensas e os incêndios iniciavam-se com mais facilidade.”
(de: A Ascensão e Queda dos Dinossauros de Steve Brusatte)
“Conforme estes dinossauros evoluíam aos arrancos ao longo dos derradeiros 30milhões de anos do Triássico, grandes forças geológicas puxavam a Pangeia tanto de leste como do Oeste…
Como o esticão vinha de duas direções opostas, a Pangeia começou a esticar e aos poucos tornou-se mais estreita, com cada pequeno terramoto a provocar mais um rasgão …”
(do mesmo autor)
A terra sem consistência, os vulcões, os tremores de terra, a elevação do mar, o afundamento da terra, a abertura de fendas e outros fenómenos violentos que fazem parte da atribulada evolução da terra são contextos que alimentam memórias remotas.
Essas memórias ativadas potenciam o medo perante desastres semelhantes e poderão levar-nos a atitudes ou comportamentos extremos.
Os contextos não são os mesmos, mas nós não nos apercebemos disso. Somos submersos pela urgência que impõem e a nossa racionalidade fica obnubilada.
Contextualizá-los será absolutamente necessário para conseguirmos integrá-los.
Como foram (são) sofridos pela terra (matéria) estes acontecimentos de extrema violência?
Como recupera a matéria de desastre devastadores?
Onde, como, quem, cria e mantém as memórias desses acontecimentos?