Mudança
Quando iniciamos um sentido de mudança, partimos de um equilíbrio que, no momento, é o nosso.
Subjacente a esse equilíbrio há uma organização. Para mudar, teremos de alterar essa organização, logo, alterar o equilíbrio que era o nosso.
A mudança deverá, por isso, ser feita de forma gradual e lenta. Continuada mas não obsessiva – deveremos ser compassivos connosco e com os nossos limites.
O processo de mudança só se completará com o encontro de um novo equilíbrio.

O tempo que medeia entre a partida para uma mudança e o encontro de uma nova organização que suporte um novo equilíbrio, poderá ser difícil – a depressão espreita (afinal estamos a perder alguma coisa mesmo que caminhemos para algo que consideramos melhor).
Teremos de aprender a diferenciar uma depressão que é uma resposta normal a uma perda – logo pontual – de uma depressão de carater mais ou menos permanente.
A culpa será, também, companheira neste caminho.
Mas, mesmo a meio da depressão e da culpa, encontraremos pontos em que reconhecemos avanços – às vezes bem pequenos. Se isso não acontecer, não estamos a evoluir – não estamos a construir uma nova organização.
A mudança deve ser um processo consciente e dinâmico.
Se nos dermos conta de que não estamos a regular a desorganização, concedemo-nos uma pausa,
tentamos um redireccionamento,
pedimos ajuda (a alguém especializado),
ou, simplesmente, aceitamos que não faremos essa mudança.
Conseguida a mudança, damos tempo para que ela se confirme, só depois pensaremos em outras mudanças.
Mudar é natural – afinal para evoluir teremos de mudar.