Todos procuramos uma totalidade – não sabendo mesmo o que isso verdadeiramente significa.
Neste sentido e acrescentando sentido à última publicação, recordo o texto de “Entre ontem e amanhã”.
” Remexe-se na cama, procura posição.
Já a encontra, já boceja, quando vê um fio de luz, enfiado numa agulha, a apontar para as suas costas.
Naturalmente, ele vira-se…- a agulha desce até ao nível do seu pescoço pronta a começar o seu trabalho.
Entra pelo lado direito, passa por baixo da coluna e sai do lado esquerdo num movimento certo e continuado.
Está quase a meio das costas e já se adivinha a forma do movimento que vai unir um lado ao outro – no final da costura, uma espiral de luz ligará os dois lados das suas costas.
Refeito da surpresa, maravilhado pela luz e pelo movimento, ele quer reencontrar a posição, mas a agulha continua o seu trabalho – agora em sentido contrário.
Reforçará a costura.
Criará outra espiral de luz.”
Proposta – descontrair, concentrar e visualizar o fio de luz a ligar os dois lados das nossas costas. Visualizar demoradamente a dupla espiral de luz que fez o trabalho de ligação.