“Todas as experiências e aprendizagens da nossa vida, desde a conversa mais banal até à observação atenta de uma grande obra de arte, moldam o nosso cérebro. Estamos incessantemente a esculpi-lo, mesmo sem estarmos conscientes disso. A singularidade das vivências incide de modo tão específico em cada cérebro particular que podemos dizer não só que cada cérebro é único, como também que o é em cada segundo da sua existência.
O fenómeno da contínua modificação neuronal, quer seja mediante o reforço, o enfraquecimento ou a eliminação de conexões existentes, da formação de novas conexões – sinaptogénese – ou da formação de novos neurónios – neurogénese – é conhecido como plasticidade neuronal.”
De: Somos a nossa memória – da coleção já referida.
Sabe-se, hoje, que a plasticidade neuronal se mantém durante toda a vida ainda que de forma diferente.
Carl G. Jung (psicanalista) considerava que cada tomada de consciência é um ato criador.
Tomar consciência de que o nosso cérebro não está fechado e que poderá evoluir, abre possibilidades.
Ocorre-me referir Sérgio Godinho:
“Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida”