Onde é que eu pertenço?
A preocupação de nos inserirmos no tempo próprio (o nosso tempo) decorre das publicações anteriores.
Mas poderemos fazer outras perguntas no sentido de encontrar a nossa identidade.
Quais sentimentos são meus, quais dos outros?
Quantas vezes a reprovação que é minha a atribuo aos pais, aos chefes, aos amigos?
Quantas vezes o sentimento que é meu e que estendo aos outros cria mal entendidos ou me limita?
Sabe-se que essa não separação entre nós e os outros é normal na criança. Ao crescer, nem sempre conseguimos (porque somos dependentes, porque o meio familiar ou social não ajuda) realizar esse trabalho de separação de forma segura e livre de culpa ou de outros sentimentos negativos é necessário.
Fazer a separação – não o corte – é fundamental.
Para esse trabalho haverá poucas sugestões externas, porque, no adulto, será um trabalho de cada um.
Passa, porém, por um trabalho de diferenciação (sem nos fecharmos demasiado em nós próprios). Passará por uma assunção da nossa diferença.
Criar um plano de mudança, na continuação do que já foi dito, com uma paragem diária obrigatória para descontrair e ouvir os nossos pensamentos, poderá ser um começo.
Esse trabalho será, obrigatoriamente, longo. Com regulações frequentes.