disponibilidade interna.
Num primeiro sentido, as mãos definem aquilo que somos capazes de fazer – “não faças”, “fazes sempre tudo mal”…ou…” tens mãos de fada”
Cada um tem as suas mãos, cada um deverá ouvir as vozes positivas ou negativas relativas às suas mãos “tira as mãos”, “mexe as mãos”…
Algumas dessas vozes são muito dolorosas.
Se as vozes negativas foram repetidas, permanecem em nós, fazem-nos sofrer e criam-nos limitações, às vezes, severas.
Será benéfico alterar as vozes negativas.
Às vezes, as positivas também precisam de acerto.
Devagar, devagarinho.
Num primeiro momento, poderemos sentir muita raiva – o que é natural. Deixemos libertar os sentimentos negativos e, em seguida, procuremos formas criativas de trabalhar a “matéria” que nos fica.
Façamos rir as caras zangadas que associamos às mãos ou…introduzamos, em contexto idêntico, caras motivadoras. Sejamos, nós próprios motivadores.
Se sentirmos as mãos vazias – ou mal cheias – teremos de ir preenchendo esse vazio. Poderemos repetir frases que exprimam simpatia connosco; oferecer-nos alguma coisa que nos agrade (e a que nunca achámos ter direito)…
Não esqueçamos o objetivo daquilo que estamos a fazer e quando sentirmos que a informação começa a mudar, reforcemos o sentido positivo.
Façamos algo por nós ( de acordo connosco) que nos devolva (ou ajude a criar) a auto-estima. Comecemos por tarefas simples nas quais haja probabilidade de termos sucesso. Insistamos.
No livro “Criando o mundo” da coleção já citada “Neurociência e psicologia”, o autor chama a atenção para a importância do sentido do tato.
“…o tato é dos sentidos menos reconhecidos…….É certamente difícil aperceber-nos da função valiosa do tato, porque trabalha de modo discreto e não estamos normalmente conscientes da grande quantidade de informação que nos oferece…
Proporciona sobretudo informação sobre dois aspetos sensoriais: a forma dos objetos, como também o pode fazer a visão, e a textura das superfícies no qual é único. Por muito que olhemos atentamente, só a palpar podemos verdadeiramente apreciar quão lisa é a seda ou quão rugoso é o papel de lixa. Estes gestos demonstram a profunda ligação entre perceção e ação…
… o tato contribui para formar um “sentido interno” em que o cérebro gera uma representação da imagem corporal que é utilizada para levar a cabo ações táteis e, em particular, movimentos habilidosos com a mão…
…Esta dupla função do tato foi crucial na evolução humana porque ajudou a reconhecer objetos…e também a elaborar e manipular ferramentas.”